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Um mundo de mulheres poderosas

No decorrer dos séculos, muitas foram as conquistas alcançadas pela mulher. Essas conquistas, entretanto, enquanto celebradas como um prêmio, apenas servem para nos lembrar que, um dia, alguém não teve direito a ir à escola pelo simples fato de ser mulher. Lembrar que, até hoje, muitas mulheres da mais alta competência profissional ainda recebem salários inferiores só porque não são homens.

A conquista de direitos, apesar de ser primordial para o desenvolvimento humano, fato que poderia ser interpretado como uma lembrança do sexismo histórico da humanidade, merece sim ser celebrada. Mas não podemos deixar de lado os direitos que ainda estão a conquistar.

Para começar, é necessário relembrar duas das mais vergonhosas lutas que precisaram ser feitas para a conquista de um direito que deveria existir desde sempre.

Do direito básico à educação

Pode parecer piada, mas, até 1827, as mulheres não podiam frequentar instituições de ensino elementar. As escolas de ensino superior foram proibidas a elas até 1879, quando o governo permitiu a presença de mulheres. Mesmo assim, eram mal vistas e mal faladas aquelas que decidiam estudar.

Ao direito básico de ter uma voz

A luta pelo direito de votar foi um pouco mais rápida, mas não foi mais fácil. Aliás, não foi nada fácil. Até 1927, as mulheres brasileiras não podiam participar das eleições de nenhuma forma. Nem como candidatas, nem como eleitoras. Foi o governo do Rio Grande do Norte que quebrou esse tabu, permitindo que as mulheres potiguares tivessem uma opinião a respeito de política.

Essa mudança levou 5 anos para atingir o âmbito nacional. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, dando garantia de que a voz feminina fosse ouvida através do voto.

Mas a luta não acabou

Com o passar do tempo, muitos foram os marcos históricos que deram força ao movimento feminista. Vimos o surgimento de sérios ícones do empoderamento da mulher, como a musicista Chiquinha Gonzaga, primeira mulher brasileira a comandar uma orquestra, ou a professora Deolinda Daltro, que se tornou a primeira médica no Brasil, mesmo a contragosto da família.

Mas ainda há muito o que se conquistar. Ainda há lutas pela frente, e algumas vitórias a comemorar, mesmo que não devessem ser comemoradas, já que certos direitos deveriam existir por uma questão de humanidade, e não de sexo.

Mesmo emprego – Mesmo salário

Em 2015, a atriz Patricia Arquette, ao receber um Oscar, dedicou seu prêmio a todas as mulheres, mães, filhas e trabalhadoras, que lutam todos os dias em seus empregos, mesmo recebendo muito menos que os homens pelo mesmo cargo. Em seu discurso, ela afirma que esse problema é muito recorrente nos Estados Unidos. Obviamente, essa diferença salarial acontece no mundo todo.

No Brasil, elas ainda têm contracheques muito mais modestos que seus colegas. No mercado bancário, essa diferença pode chegar a mais de 50%5. Principalmente em cargos mais elevados, como gerentes e diretores.

Mais que mulheres

Mas ainda dá para ficar pior. Essas mulheres, que recebem salários inferiores aos de seus colegas do sexo masculino, ainda costumam ter a responsabilidade de tomar conta dos filhos, do marido, da casa, e por aí vai. Por conta de tanta responsabilidade, os bancos (públicos ou privados) acabam preferindo contratar homens. E, quando escolhem mulheres, não oferecem benefícios como auxílio-creche, dificultando a vida da trabalhadora, que não encontra vagas em creches públicas com muita facilidade. Com isso, muitas mães acabam desistindo do trabalho, já que não têm onde deixar seus filhos no horário de trabalho.

E, se decidirem por uma creche particular, o dinheiro vai quase todo embora. Primeiro porque não recebem tão bem quanto deveriam. Segundo porque não recebem auxílio-creche. E isso acaba se tornando um ciclo vicioso, que impede a bancária de desenvolver com maestria a sua profissão, enquanto o mercado continua sendo dominado por homens.

Desenvolvimento

Percebemos, portanto, que a disparidade é, de fato, um problema, mas é apenas o princípio de algo muito maior. Se o mercado bancário não quebrar esse ciclo, será impossível que haja desenvolvimento do trade. Precisamos ter em mente que o desenvolvimento feminino não é apenas uma ideologia sexista que pretende retirar os homens de suas posições de poder, mas sim uma oportunidade para que o mundo se torne um lugar para todos os seres humanos.

Ou seja, desenvolvimento feminino é sinônimo de desenvolvimento humano.

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